02/07/2012


Quando a tristeza assola a alma, não há otimismo que dê conta. O coração fica tão doído que não consegue ver o óbvio, o previsível, o que é tão evidente. Uma nuvem paira em torno e obscurece de fora pra dentro e de dentro pra fora. Nada entra. Nada sai.

Claro que ninguém vai passar do estado de tristeza para o de alegria de uma hora para outra, isso não existe. O que cabe a cada um de nós fazer é desanuviar, soprar para longe essa nuvem obscura com o hálito da vontade. Somente quando espantarmos o que obscurece nossos sentimentos e nos impede de enxergar é que iremos vislumbrar fagulhas alegres em nossa volta.

Essa nuvem tem como nome "pessimismo", e esse sopro, seu antagônico, o "otimismo". Tá certo que o sol consegue dissipar a nuvem, mas se não der conta de lidar com esses raios de luz, livre-se da nuvem da forma mais natural possível: deixando chover. Ainda não entendo a resistência das pessoas em chorar, nem mesmo a sós. O medo da vulnerabilidade embrutece os corações de tal forma que nenhuma idéia consegue penetrar, nenhum argumento. E cada um está certo, cada um tem sua razão, cada um permanece em seu trono inviolável. E cada um sofre mais do que o necessário por não se permitir, por manter a nuvem, por não aceitar feixes de luz, por não se permitir chover. Basta de tanto "não".

Leca Castro - 05/12/11


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